Eu, mero vivente, tenho a certeza
Que os que desejam as luzes da ribalta
Não deveriam postar em caixa alta
Em blogs sérios como o do Vereza
Assim pensando muitas vezes cismo
Se todos são iguais nos seus rompantes
Caminhando, pobres seres, para o abismo
Jazigo eterno dos ignorantes.
As armas e os cumpanhêros assassinados,
Que foram totalmente deletados,
Por tentarem denunciar corrupção,
Passaram para além deste país,
Em perigos e assaltos fabricados,
Mais do que a força humana quis,
E entre gente morta edificaram
o Novo Reino, que tanto conspurcaram;
Canto II
E também as memórias gloriosas
Daqueles três, que foram depredando
A Fé, o País, e as terras virtuosas
De Norte a Sul andaram devastando;
E aqueles, que por obras desonrosas
Rifaram a lei do parlamento profanando;
Renans, Sarneys e o Collor após regresso
Transformaram em bordel nosso Congresso.
Canto III
Cobre do Dirceu, Palocci e do Genuiniano
As malversações grandes que fizeram;
Cale-se o Amorim por propagar engano
Sobre a fama das vitórias que tiveram;
Que por louvarem um apedeuta insano,
A quem Neptuno e Marte desdisseram:
Cesse tudo o que a Dilma antígua anta,
Que outro valor mais alto se alevanta.
Canto IV
E vós, Tágides minhas, pois criado
Tendes em mim um novo engenho ardente,
Se sempre em verso humilde celebrado
Foi de mim vosso riso alegremente,
Dai-me agora um som alto e sublimado,
Um estilo grandíloquo e corrente,
Porque de vossas águas, Serra afirme
Que não tenham medo de vitória firme.
Canto V
Dai-me uma fúria grande e sonorosa,
E não do agreste Datena ou Marisa muda,
Mas de turba iletrada e belicosa,
Que o peito acende e a cor ao gesto muda;
Dai-me igual canto aos feitos da famosa
Ó petralhas, que à Marta tanto ajuda;
Que se espalhe e se cante no horizonte,
Se tal preço cabe em verso ao ignorante.
Subiu vertiginosamente até alcançar os píncaros da glória
Nunca se viu “nestepaiz” tão brilhante estória
Depois caiu e despencou tornando-se um dejeto
Um ser transformado em objeto
Um astro que caiu furando o teto
Um mero fragmento de escória.
Esse é o destino dos ignorantes
Que brilham fugazmente como estrelas de-cadentes
Originários de frestas, fendas e de covas
Que tentam ser sóis tão delirantemente
E acabam se tornando supernovas
A vida em si é sempre uma surpresa
Que ofusca como a luz no firmamento
Ninguém consegue enganar a Natureza
Sem o alicerce do conhecimento
Sua luz se apaga na torpeza
Sepultada na tumba do esquecimento.
Nota: Supernova é o nome dado aos corpos celestes surgidos após as explosões de estrelas com grandes massas solares, que produzem objetos extremamente brilhantes, os quais declinam até se tornarem invisíveis, passadas algumas semanas ou meses. Em apenas alguns dias o seu brilho pode intensificar-se em 1 bilhão de vezes a partir de seu estado original, tornando a estrela tão brilhante quanto uma galáxia, mas, com o passar do tempo, sua temperatura e brilho diminuem até chegarem a um grau inferior ao estado inicial.
Que venham muitos, que venham sempre aos montes O canalha, o patife e o prepotente Que eu, como amigo, os abraçarei sempre contente Porque aqui na terra onde sou Rei Onde mando em todos os imundos Sempre estarei à disposição dos brutamontes Dos mentirosos, crápulas e dos ignorantes Porque todos sabem que eu não estudei Aqui escolho quem eu quero Minha vontade não é só desejo, é lei. Aprendi a dirigir com “mão-de-ferro” E quem me desobedece eu enterro Quem de mim discorda, eu, só com um berro, Humilho e destruo por se opor ao Rei Vinde a mim todo e qualquer analfabeto Os ladravazes, os dissimulados charlatães Tragam sempre os amigos e suas madres Porque no paraíso dos compadres Serão todos recebidos com afeto Aqui neste monturo de estrume Seqüestradores, assaltantes e bandidos Serão sempre por mim bem recebidos Porque aqui quem dita o costume, Quem pune, quem premia e quem afaga Sou eu – o Luladrão – o dono desta plaga.
Poesia de autor desconhecido
(adaptação de Zé Serrote o poeta do Serrão)
Marcelo Branco, frívolo peralta,
Paspalhão desde fedelho,
Incapaz de ouvir um bom conselho;
Tipo que, morto, não faria falta.
Mas um dia deixou de andar à malta.
E indo à casa do pai, honrado e velho,
Mirou-se diante de um espelho,
E à própria imagem disse em voz bem alta:
Marcelo Branco, és um rapaz formoso,
És rico, és talentoso.
Que na vida se te faz preciso?
O pai, sisudo,
Que por trás da cortina ouvia tudo,
Serenamente respondeu: JUÍZO!…
A Barata diz que tem sete saias de filó
É mentira da barata, ela tem é uma só
Ah ra ra, iá ro ró, ela tem é uma só ! A Barata diz que tem um sapato de veludo
É mentira da barata, o pé dela é peludo
Ah ra ra, Iu ru ru, o pé dela é peludo ! A Barata diz que tem um sapato de fivela
É mentira da barata, o sapato é da mãe dela
ah rá rá, oh ró ró, o sapato é da mãe dela A Barata diz que tem uma cama de marfim
É mentira da barata, ela tem é de capim
Ah ra ra, rim rim rim, ela tem é de capim A Barata diz que tem um anel de formatura
É mentira da barata, ela tem é casca dura
Ah ra ra , iu ru ru, ela tem é casca dura
A Barata diz que tem o cabelo cacheado
É mentira da barata, ela tem coco raspado
Ah ra ra, ia ro ró, ela tem coco raspado.
A Barata diz que bebe whisky, vermute e rum
É mentira da barata, só bebe 51
Ah ra ra, ia ro ró, tatuzinho pru bebum.