domingo, 30 de maio de 2010

FARINHA DU MERMO SACO


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Se a dilma fosse farinha
Se o lula fosse feijão
Misturando os dois se tinha
Um pratinho de pirão

Se pusesse junto os dois
Com feijão e com arroz
Misturando com farinha
Com certeza se obtinha
Um belo baião de dois

Como tempero, entrando,
pitada de jandirão

Nem o capeta comia
esse prato de feijão.

Ançina: Zé Serrote, u pueta du Sertão

domingo, 23 de maio de 2010

“chupêim essa”!!!


U cantadô Zé Serrote,
u pueta du Sertão
só ispera pelu mote
prá sua imaginassão
galopá im belu troti
virá meza i quebrá poti
mata bódi i gavião

agora qui tumô gõsto
pela tar ponografia
fêiz uma das brabulêta
ofireceu prá sua tia

cumu bão poetêro
vai cumpri sua prumessa
para us cumpadis broguêro
prozeia todu façêro:
“chupêim essa”!!!

U SÁBO NUCLIÁ (CORDEL POPULAR)



“u cara” bachinhu i gordo
Foi pru Irão cunvessá
Pru módi fazê acôido
Sôbi anssunto nucliá

Levô u mico Amurim
Doiz quilu di girimum
Trêiz ô quatu rapadura
I dozi 51

Cum toda eça bagagi
I cum vóiz di siriema
Falô pus hómi anssim:
“Vim resorvê u pobrema.”

Aperparô o seu prano
Pu módi pudê ganhá
U votu iranianu
Dum tar ahimadinejá

Já foi subinu nu tronu
I falanu már da ONU
Pu maió aiatulá
I us hómi mermu cum sonu
Lhi déro u microfono
Pru modi si amostrá

Falô tanta da porquêra
Qui até uma geladera
parô di funcioná
pru falá tanta hirisia
lhi derum uma onraria
prêle pudê si calá
lhi ofireçerum um postu
qui elhi asseitô cum gosto
u cargu di Mula-lá
já dizia u meu avô,cumpadi Sebastião
a pavulagem só seive
pus qui num téim cundição
queim muntcho pôco cunhece
 i só sabi si gavá
u rabu fica entri as pata
dêxa u cába sêim morá.

Ançina: Zé Serrote, u pueta du Serrão

Lulíadas


Lulíadas II – Canto VI

Eu, mero vivente, tenho a certeza
Que os que desejam as luzes da ribalta
Não deveriam postar em caixa alta
Em blogs sérios como o do Vereza
Assim pensando muitas vezes cismo
Se todos são iguais nos seus rompantes
Caminhando, pobres seres, para o abismo
Jazigo eterno dos ignorantes.

Lulíadas II – Canto VII – Ode a Geraldo Vandré

Ora, direis que não falei de flores.
Como poderia falar de amenidades?
Se vivemos num mundo de horrores
Onde Aiatolás e Ahmadinejads
Juntam-se a outros ditadores
Na profusão patológica de fraudes.

Mesmo vivendo entre os otimistas
No holocausto atual tão destrutivo
Como conseguiria viver entre petistas
E contaminar-me de ideal altivo
Nesse universo de calamidades?
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Lulíadas II – Canto VIII – Ode a Celso Daniel

Ora, quem sois biltres petistas
Para te igualares ao rei D. José Serra
Conhecido por todos nesta terra.
E o hoje morto em nome de ativistas
(de D. Celso Daniel quanta saudade)
Que sendo um homem nobre e altruísta
Sucumbiu sob as patas da perversidade.

sábado, 15 de maio de 2010

Causo Rural I



U bódi, a cabrita i u fazendêro (em cordéu)

Era uma vez, brasilêros,
Lá na fazenda Planarto
Cuntisseu um dizispêro
Qui quagi provoca infarto

Um bódi berrava arto
Uma cabrita u siguia
U fazendêro já farto
Cum toda eça gritaria
Resorveu levá u bódi
Pru arto da Serrania

Já faziam trêis semana
Qui durava eça agunia
Qui u bódi só berrava,
I  a cabrita imitava...
Qui u bódi arto berrava,
I a cabrita imitava...!
I u fazendêro lôco
Uvinu eça anarquia

U hómi si inrritô
i u bódi veio matô
Prumodi fazê buchada
Prá agradá cumpanherada

Lá nu seu sindicati
Cunhicidu pulus mato
Cumu sindicati SERRA
Erum sindicati aberto
Pru módi disincavá
Todus anarfabeto
Qui morava nu lugá

Foi uma festa falada
Das mió qui si viu lá
Cumê aquela buchada
Feita di bódi véio
Qui gostava di berrá

Só qui a cabritinha
qui imitava u ruminante
fico tristi, coitadinha,
mudanu u çeu sembrante

Maiz um anjo aparissêu
Quissi xamava Bebel
Uma uvelha piluda
Qui disabô lá du céu
Prá falá pra cabritinha
Quar foi mermo u seu papéu

Ela diçe pra cabrita
 ...tá venu qui ocê fêiz?
 Foi berrá maiz qui u bódi
Querenu si amostrá
Fazenu maiz du qui pódi
Prá queim lhinsinô a berrá
 i cabô matano êli
prá todus nóiz arrazá!

Cumentáro du cumpadi Tico-Tico:

Queim é muito acanalhada
Sua própia istóra incerra
Inda ofirece buchada
Pru cumpadi Jusé Serra

Cumentáro du cumpadi Zé Serrote:

Cabrita que muito berra,
 sabenu qui pôco pódi,
us fazendêro inrrita
i  acaba matanu u bódi!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Os Lulíadas I

Canto I

As armas e os cumpanhêros assassinados,
Que foram totalmente deletados,
Por tentarem denunciar corrupção,
Passaram para além deste país,
Em perigos e assaltos fabricados,
Mais do que a força humana quis,
E entre gente morta edificaram
o Novo Reino, que tanto conspurcaram;

Canto II
E também as memórias gloriosas
Daqueles três, que foram depredando
A Fé, o País, e as terras virtuosas
De Norte a Sul andaram devastando;
E aqueles, que por obras desonrosas
Rifaram a lei do parlamento profanando;
Renans, Sarneys e o Collor após regresso
Transformaram em bordel nosso Congresso.

Canto III
Cobre do Dirceu, Palocci e do Genuiniano
As malversações grandes que fizeram;
Cale-se o Amorim por propagar engano
Sobre a fama das vitórias que tiveram;
Que por louvarem um apedeuta insano,
A quem Neptuno e Marte desdisseram:
Cesse tudo o que a Dilma antígua anta,
Que outro valor mais alto se alevanta.

Canto IV
E vós, Tágides minhas, pois criado
Tendes em mim um novo engenho ardente,
Se sempre em verso humilde celebrado
Foi de mim vosso riso alegremente,
Dai-me agora um som alto e sublimado,
Um estilo grandíloquo e corrente,
Porque de vossas águas, Serra afirme
Que não tenham medo de vitória firme.

Canto V
Dai-me uma fúria grande e sonorosa,
E não do agreste Datena ou Marisa muda,
Mas de turba iletrada e belicosa,
Que o peito acende e a cor ao gesto muda;
Dai-me igual canto aos feitos da famosa
Ó petralhas, que à Marta tanto ajuda;
Que se espalhe e se cante no horizonte,
Se tal preço cabe em verso ao ignorante.

Supernova



Subiu vertiginosamente até alcançar os píncaros da glória
Nunca se viu “nestepaiz” tão brilhante estória
Depois caiu e despencou tornando-se um dejeto
Um ser transformado em objeto
Um astro que caiu furando o teto
Um mero fragmento de escória.

Esse é o destino dos ignorantes
Que brilham fugazmente como estrelas de-cadentes
Originários de frestas, fendas e de covas
Que tentam ser sóis tão delirantemente
E acabam se tornando supernovas

A vida em si é sempre uma surpresa
Que ofusca como a luz no firmamento
Ninguém consegue enganar a Natureza

Sem o alicerce do conhecimento
Sua luz se apaga na torpeza
Sepultada na tumba do esquecimento.

Nota: Supernova é o nome dado aos corpos celestes surgidos após as explosões de estrelas com grandes massas solares, que produzem objetos extremamente brilhantes, os quais declinam até se tornarem invisíveis, passadas algumas semanas ou meses. Em apenas alguns dias o seu brilho pode intensificar-se em 1 bilhão de vezes a partir de seu estado original, tornando a estrela tão brilhante quanto uma galáxia, mas, com o passar do tempo, sua temperatura e brilho diminuem até chegarem a um grau inferior ao estado inicial.

Ode aos mafiosos: o discurso não proferido

Que venham muitos, que venham sempre aos montes
O canalha, o patife e o prepotente
Que eu, como amigo, os abraçarei sempre contente
Porque aqui na terra onde sou Rei
Onde mando em todos os imundos
Sempre estarei à disposição dos brutamontes
Dos mentirosos, crápulas e dos ignorantes
Porque todos sabem que eu não estudei

Aqui escolho quem eu quero
Minha vontade não é só desejo, é lei.
Aprendi a dirigir com “mão-de-ferro”
E quem me desobedece eu enterro
Quem de mim discorda, eu, só com um berro,
Humilho e destruo por se opor ao Rei

Vinde a mim todo e qualquer analfabeto
Os ladravazes, os dissimulados charlatães
Tragam sempre os amigos e suas madres
Porque no paraíso dos compadres
Serão todos recebidos com afeto

Aqui neste monturo de estrume
Seqüestradores, assaltantes e bandidos
Serão sempre por mim bem recebidos

Porque aqui quem dita o costume,
Quem pune, quem premia e quem afaga
Sou eu – o Luladrão – o dono desta plaga.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Marcelo Branco


Poesia de autor desconhecido
(adaptação de Zé Serrote o poeta do Serrão)

Marcelo Branco, frívolo peralta,
Paspalhão desde fedelho,
Incapaz de ouvir um bom conselho;
Tipo que, morto, não faria falta.
Mas um dia deixou de andar à malta.
E indo à casa do pai, honrado e velho,
Mirou-se diante de um espelho,
E à própria imagem disse em voz bem alta:
Marcelo Branco, és um rapaz formoso,
És rico, és talentoso.
Que na vida se te faz preciso?
O pai, sisudo,
Que por trás da cortina ouvia tudo,
Serenamente respondeu: JUÍZO!…

quinta-feira, 6 de maio de 2010

AS PALAVA DI JISÚS


Preguntei para Jisús:
Discurpi lh’incomodá
Si o Sinhô moraci aqui
Im queim iria votá?

Eli anssim assuntô:
Si fôssi prá votá beim
Uzaria a conciência,
A ética e a decência
Prá miorá u Brazil
Num uzava nem porrete,
Discursso ô mintição
Eu uzava u corassão
Prá falá prus inleitô
 Poiz foi essa a lissão
Qui meu Pai mi insinô

Meu fio, infilizmente
Já não sô daí da Terra
So num voti nus qui mente
Aqui minha voíz s’incerra
Si eu pudessi votá
Isculia, mermo, o Serra

Issu qui eu falei
é segredo di nóiz dôis
Sinão vaum dizê dispois
Qui sô do PIG, Trairão
Eu num possu mi metê
Neça grandi confuzão

Decho isso para us hómi
Resorvê eça kestão
Apruveitu e mi dispeço
Cum minha santa benção!
Assinado: INRI
Du: Zé Serrote, u pueta du Serrão

PRU "SEU" DAVI


“seu” Davi, vô fazê um vesinho só pru sinhô. Num vá si gambá...
U “seu” Davi tem dois dedu
É caba “meia tijela”
Cum dedu nus amiaça
Cum ôtro tira bustela

PRU NENO FOGAÇA



Num gostu di prosiá
Cum queim só bebi cachaça
Cum queim só fala bobagi
Qui nem u Neno Fogaça
Si vié cum nomi farso
 Só vai dá mote prá mim
Vai si iscundê na moita
Ô então cumê capim

FARINHA DU MERMO SACO



Se a dilma fosse farinha
Se o lula fosse feijão
Misturando os dois se tinha
Um pratinho de pirão


Ançina: Zé Serrote, u pueta du Serrão

Puemas curtus



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Quanto mais o Lula fala
Mais votos ganha o Serra
Como diz o cantadô:
“O bom cabrito não berra”
∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞
Tem bichu qui si pareçi
Cum a tar Amanda Dia
Téim uns qui late pru donu
Us ôtro pru dono mia
Já dizia us grandi hómi
Cum toda sabiduria
∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞∞
Mi ixpriqui pru favô
Dona Amanda Dia
Vuncê é só cidadôa
Ô é mesmu uma petista
Uma lulista das bôa
Ô uma sindicalista?
Peu pudê li prumuvê
Nu rò dus upurtunista

A Barata Diz Que Tem



Temas Infantis

♫♫♫♫♫♫♫♫
A Barata diz que tem sete saias de filó
É mentira da barata, ela tem é uma só
Ah ra ra, iá ro ró, ela tem é uma só !

A Barata diz que tem um sapato de veludo
É mentira da barata, o pé dela é peludo
Ah ra ra, Iu ru ru, o pé dela é peludo !

A Barata diz que tem um sapato de fivela
É mentira da barata, o sapato é da mãe dela
ah rá rá, oh ró ró, o sapato é da mãe dela

A Barata diz que tem uma cama de marfim
É mentira da barata, ela tem é de capim
Ah ra ra, rim rim rim, ela tem é de capim

A Barata diz que tem um anel de formatura
É mentira da barata, ela tem é casca dura
Ah ra ra , iu ru ru, ela tem é casca dura


A Barata diz que tem o cabelo cacheado
É mentira da barata, ela tem coco raspado
Ah ra ra, ia ro ró, ela tem coco raspado.
A Barata diz que bebe whisky, vermute e rum
É mentira da barata, só bebe 51
Ah ra ra, ia ro ró, tatuzinho pru bebum.


♫♫♫♫♫♫♫♫

HOMINAGI PRU MULUSCU



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Diga não para a sujeiinha
“ Não! “
Diga Não pro chulezinho
- “ Hummm! ”
Diga não pro caracão
E prá melequinha
“ Éca que meleca! ”

♫♫♫♫♫♫♫♫
Diga sim pro sabonete
- “ Yes! “
Diga sim pro chuveirinho
“ AhA! “
Sim para a pasta de dente
É tão bom andar limpinho

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Sai prá lá inhaquinha
Sai prá lá inhacão
Eu tomo banho todo dia
Fazendo um espumão

♫♫♫♫♫♫♫♫
Sai para lá inhaquinha
Sai pra lá inhacão
Eu me livro de vocês
Com as verdades do Serrããão...

♫♫♫♫♫♫♫♫