quarta-feira, 12 de maio de 2010

Os Lulíadas I

Canto I

As armas e os cumpanhêros assassinados,
Que foram totalmente deletados,
Por tentarem denunciar corrupção,
Passaram para além deste país,
Em perigos e assaltos fabricados,
Mais do que a força humana quis,
E entre gente morta edificaram
o Novo Reino, que tanto conspurcaram;

Canto II
E também as memórias gloriosas
Daqueles três, que foram depredando
A Fé, o País, e as terras virtuosas
De Norte a Sul andaram devastando;
E aqueles, que por obras desonrosas
Rifaram a lei do parlamento profanando;
Renans, Sarneys e o Collor após regresso
Transformaram em bordel nosso Congresso.

Canto III
Cobre do Dirceu, Palocci e do Genuiniano
As malversações grandes que fizeram;
Cale-se o Amorim por propagar engano
Sobre a fama das vitórias que tiveram;
Que por louvarem um apedeuta insano,
A quem Neptuno e Marte desdisseram:
Cesse tudo o que a Dilma antígua anta,
Que outro valor mais alto se alevanta.

Canto IV
E vós, Tágides minhas, pois criado
Tendes em mim um novo engenho ardente,
Se sempre em verso humilde celebrado
Foi de mim vosso riso alegremente,
Dai-me agora um som alto e sublimado,
Um estilo grandíloquo e corrente,
Porque de vossas águas, Serra afirme
Que não tenham medo de vitória firme.

Canto V
Dai-me uma fúria grande e sonorosa,
E não do agreste Datena ou Marisa muda,
Mas de turba iletrada e belicosa,
Que o peito acende e a cor ao gesto muda;
Dai-me igual canto aos feitos da famosa
Ó petralhas, que à Marta tanto ajuda;
Que se espalhe e se cante no horizonte,
Se tal preço cabe em verso ao ignorante.

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